Os cientistas são ateus?

“Toda nossa ciência, comparada com a realidade, é primitiva e infantil - e, no entanto, é a coisa mais preciosa que temos".
Albert Einstein.

Quando eu era cristão, não via problema com a alegação de que os cientistas são ateus ou não. Eu supunha até que a maioria deveria ser atéia já que os cientistas buscam sempre explicações naturais e não sobrenaturais (envolvendo deus, deuses, anjos, gnomos, etc) em suas teorias ou equações. E eu não me importava, aliás, poder-se-ia dizer que ficava até feliz com a separação de Ciência e Religião. Eu pensava

1) “se Deus quisesse fazer-se detectável para os cientistas, Ele o faria. “ ou ainda

2) “Deus não quer ser detectável por aparelhos, etc, pois perderia o sentido da fé já que se tem fé não por provas ou por motivos racionais. É necessário ter fé antes de ver, sentir, etc!”, ou ainda

3) "a Bíblia ficaria muito grande se contivesse citações sobre a existência de galáxias, buracos negros, supernovas ou ainda falasse da Evolução ou sobre a existência de vírus, bactérias ou ainda de moléculas, átomos, partículas, etc." e além do mais, "no que ajudaria aos povos, da época em que a Bíblia foi escrita, saberem que existem buracos negros, por exemplo?".


Se bem que uma citaçãozinha a mais não faria tanta diferença, não é mesmo? E ajudaria a Humanidade crer já que com o passar das décadas e séculos ela iria confirmando mesmo a existência destas coisas. Mas eu pensava que não poderíamos ter evidências deste tipo. Estragaria o sentido da fé e tudo o mais, eu pensava. Por outro lado, ter certeza de que existe Deus não implica em salvação, absolvição e tudo o mais.

Pense, por exemplo, na lenda sobre Lúcifer: diz que ele pôde ver Deus, ter toda a certeza que ele existe, e ainda assim o traiu. Então, saber que Deus existe não é sinal de que vai para o céu, como os cristãos mesmo afirmam. Então umas evidências a mais enviadas por Deus não atrapalharia não é mesmo?

Eu convivia bem com esta e outras contradições: se Deus realmente quer que creiamos nele sem que nos dê evidências concretas de sua existência, um deus discreto, sutil, então por que manda seu Filho, um sujeito que ficou (segundo a lenda) desafiando as leis da natureza (andar sobre as águas, multiplicando comida do nada, transformando água em vinho, etc), fazendo todos os tipos de milagres fantásticos pelo Oriente Médio de uns 2 mil anos atrás? Deus seria discreto mandando seu Filho assim? Mas eu convivia bem com estas e outras contradições do cristianismo ou da Bíblia.

Voltemos aos cientistas!

Entre as mais prestigiadas revistas científicas estão: Nature, Science e Scientific American. Em uma das edições da Nature, exemplar 394, página 313 (23 July 1998), foi publicado o resultado de 3 entrevistas feitas com "grandes" cientistas dos EUA nos anos de 1914, 1933 e 1998.

Nota-se claramente o aumento do número de ateus entre eles: 52.7%, 68% e 72.2% (resultados de 1914, 1933 e 1998 respectivamente). O número de teístas claramente caiu com o passar dos anos: 27.7%, 15% e em 1998 existiam apenas 7.0%. Já o número de agnósticos apresentou uma oscilação: 20.9% , 17% e em 1998 atingiu os 20.8%. Tais resultados podem ser conferidos na tabela abaixo:


Tabela 1 Comparação entre as pesquisas respondidas por "grandes" cientistas

Acreditam num deus pessoal

1914

1933

1998

Crédulos

27.7

15

7.0

Incrédulos

52.7

68

72.2

Em dúvida ou agnósticos

20.9

17

20.8





Os números são percentuais.

Fonte: Revista Nature (se você não é assinante da revista, pode conferir aqui ou aqui).

"Está certo, mas o que isto quer dizer? Se a maioria dos cientistas são ateus, também devemos ser ateus?"

Bem, a verdade não é decidida por votação. Leis do Direito podem ser mas as Leis da Natureza (por exemplo a Lei da Gravidade) não podem. Afinal, não dá para revogar a Lei da Gravidade por decisão da maioria - nem pela fé ou pelas preces - por exemplo.

Se os cientistas são ateus deve ser influência direta do fato de que na Ciência a postura adotada é a materialista/atéia. (Afinal, já foi visto, por exemplo, uma comunidade de físicos dizendo que elétrons se repelem porque um deus, anjo ou gnomo está provocando essa repulsão? Ou ainda que é porque espíritos deliberadamente tentam manter os elétrons afastados uns dos outros? Ou seja, eles partem do princípio de que é possível se explicar tudo sem recorrer ao Sobrenatural. Só o tempo poderia dizer se isto é realmente possível. ) Então, fazer pesquisa sob o pensamento cético deve acabar influenciando-os em suas posturas fora do laboratório (ou do campo).

Observado também o sucesso que a Ciência tem tido. Isto pode ser visto pelo aumento da expectativa de vida - devido aos avanços em pesquisas com medicamentos, alimentação, etc; vide também a tecnologia que deixa a vida mais confortável - automóveis, aviões, computadores, etc; além também do desenvolvimento de equipamentos que nos fazem enxergar mundos invisíveis a olho nu - telescópicos e radiotelescópios, microscópios, etc; não esquecendo também à tecnologia da Informação: ondas de TV, rádio, internet, etc.

Assim, se você pretendesse voar poderia tentar, talvez por anos a fio, práticas de levitação e, talvez, poucos resultados consiguisse; outra opção seria embarcar num avião que, independendo da fé da pessoa, leva-a para qualquer lugar do planeta. Ou ainda se quiser comunicar com um ente querido que esteja a kilômetros de distância: você e ele poderiam estudar durante anos a telepatica e poderiam não ter resultado algum; outra opção seria usar telefones, rádio, internet, etc., com resultados melhores.

Surge uma pergunta que incomoda um pouco: se deus fez a Natureza, como poderiam seus messias, crédulos, etc, não explicarem direito o funcionamento do Universo ao passo que qualquer um poderia se recorresse ào método científico de investigação?

Entretanto, se os cientistas são ateus, ou não, não deveria causar preocupação aos teístas. Já vi alguns teístas preocupados em mostrar que o criacionismo é científico ou ainda repetindo à exaustão de que alguns cientistas 'ilustres' acreditariam em algum deus, como se isto significasse alguma coisa. E neste momento, surge certos exageros ou ainda mentiras. Por exemplo, citar Einstein como um crédulo num deus pessoal, inteligente e com planos para nós.

Sobre isto, certa vez Einstein disse:

"Foi, é claro, uma mentira o que você leu sobre minhas convicções religiosas, uma mentira que está sendo sistematicamente repetida. Eu não acredito em um Deus pessoal e nunca neguei isso, ao contrário, expressei claramente. Se existe algo em mim que pode ser chamado de religioso, esse algo é a minha admiração ilimitada pela estrutura do mundo até onde a ciência pôde nos revelar neste momento".

Outra citação dele

"Não posso imaginar um Deus que recompensa e castiga os objetos de sua criação, cujos propósitos estão modelados com base em nossos próprios - em resumo: um Deus que não é senão um reflexo da fragilidade humana".

Ou ainda:

"Acredito no Deus de Espinosa, revelado na harmonia de tudo o que existe, mas não em um Deus que se preocupa com o destino e as ações dos homens".
(Telegrama para um jornal judaico, datado de 1929)

Quando uma menina da escola dominical de NY escreveu a Einstein perguntando se os cientistas rezavam, a resposta foi:

"A investigação científica se baseia na idéia de que tudo o que ocorre está determinado pelas leis da natureza... Por esta razão, um investigador científico dificilmente se verá inclinado a crer que os acontecimentos possam ser influenciados pela oração, ou por um desejo dirigido a um ser sobrenatural".

Ainda que Einstein ou Newton, que viveram décadas ou séculos atrás, acreditassem num deus pessoal, que recompensa ou castiga os objetos de sua criação, isto não significaria muita coisa. Afinal, vimos (vide tabela acima) que quanto mais para o passado vamos, encontramos um percentual maior de cientistas que acreditam em algum deus. A Religião parece prosperar melhor quanto mais mistérios houver. Quanto menos conhecimento sobre as reais causas dos fenômenos houver. Daí alguns vão preferir atribuir as causas à seres invisíveis e indetectáveis (talvez porque nós preferimos qualquer explicação do que ficar em dúvida? Do que assumir que não sabemos?).

Será que os grandes cientistas do passado e que não eram ateus seriam ateus se vivessem hoje? Se tivessem acesso ao que a Humanidade descobriu nas últimas décadas ou séculos? Ou descambariam de vez para alguma crença em deus ou deuses? Se incomodariam pelo fato da Ciência estar ainda longe de explicar tudo? Ou seja, pensariam que era melhor assumir uma postura como verdadeira agora do que viver em dúvidas? Talvez a tendência de alta (do percentual de ateus) mostrado na tabela acima ajude a responder estas perguntas.


Adendo:

E uma pesquisa junto aos membros da Royal Society encontrou que apenas 3.3 por cento acreditavam em Deus. Entre a população geral do Reino Unido, 68.5 por cento descrevera-se como crédulos em Deus. (A Royal Society tem 350 anos e já teve como membro Isaac Newton entre outros.)



Veja também:


16 comentários:

Anônimo disse...

Pelo menos uma pessoa pode vir a ser um ex-cristão ou ex-judeu (mesmo que sempre persista sendo semita), mas não tem o direito de ser ex-muçulmano!

Leandro disse...

Se a pessoa concluir que uma idéia que ela defendia está errada, ela deve mudar. Não deve ser difícil encontrar erros diretos, contradições, etc., em qualquer religião e é por isto que elas ficam no terreno da Fé e não da Razão.

Para a mente crédula é difícil aceitar o pensamento puramente racional pois, entre outras coisas, significaria dar maior valor ao peso das evidências.

Para a mente incrédula é difícil aceitar o pensamento crédulo. Pois significa deixar de valorizar as evidências e dar valor principal às testemunhas. E deixar de considerar que testemunhas podem mentir ou se confundir.

É difícil mesmo tentar ver o mundo com a mente de outra pessoa que pensa diferente de você. Para mim não é diferente. Abandonar meus pensamentos por alguns instantes e tentar pensar partindo de outras hipóteses.

Será que é por medo de vermos que estávamos errados?

Anônimo disse...

Provavelmente cientistas religiosos sao menos competentes do que cientistas ateus.

Alvin.

Anônimo disse...

Acreditar ou não acreditar em Deus...força superios ou qualquer coisa do tipo...
Não deveria gerar julgamentos quanto a capacidade de trabalhar em favor da ciência.A lei da gravidade não pode ser revogada por preces com certeza.Mas o direito das pessoas de escolher entre crêr ou não crêr em algo , também não pode ser negado por que completamos o genoma, por exemplo!

Leandro disse...

meu texto não sugere que devemos revogar o direiro das pessoas em crer ...

Isto não esteve em discussão. Mas se estivesse, digo que defendo o direito ao livre pensar, livre acreditar.

O problema é quando se exige que a crença seja tratada como algo sagrado também por quem não crê!

Outro problema é quando há debates de temas polêmicos mas de cunho científico ou ainda relativo a moralidade e etc, acabam padres ou pastores ou outro líder sendo chamado e todos os demais líderes não! Pega-se apenas a religião de maior influência política e financeira ou seja, as mais ricas, as que mais dragaram de seus fiíes.

Se ainda não viu o problema, veja o seguinte: Por exemplo, por que num debate sobre células-tronco, chama-se pessoas leigas como padres e pastores e não filósofos por exemplo? Ou ainda outras pessoas tão leigas quanto padres e pastores?

Caso você não saiba, em livro sagrado nenhum fala-se em DNA, embriões, células-tronco, etc. Eles , os líderes, sequer sabiam no passado sobre estas coisas. Claro que seus espíritos "sábios", aqueles que os inspiraram, aparentemente nada disseram além do que já se sabia na época.

Então fica aí a bizarrice: chama-se um leigo (padre ou pastor) para discutir questões de Biologia mas
não chama tantos outras pessoas leigas mas que podem ser até mais capazes já que não tem um tapa-olho religioso.

Anônimo disse...

A minha grande duvida é!!!
Porque as pessoas que se dizem ateus, gastam tanta energia para provar que algo que não existe!!
Por exemplo: Certa vez me disseram que os desenhos da Disney são demoniacos, eu não acreditei e morreu o assunto.
Agora os ateus não crê em Deus e tentam por a + b provar que Ele não existe. Por isso que a Biblia diz que não existe ateu, mas sim pessoas que não querem reconhecer a excelencia e grandeza do nosso Deus. Se interessar veja Rm 1: 16-25.
Maranata Jesus, saudações cristã

Leandro disse...

Olá Evandro, bem vindo

Evandro Carlos disse...

Porque as pessoas que se dizem ateus, gastam tanta energia para provar que algo que não existe!!


Em primeiro lugar não generalize. É verdade que alguns, uma minoria imagino, acham fascinante o número tão grande de religiões, deuses, alegados como verdadeiros! E em meio a tantas crenças falsas ter tantas pessoas com certeza que só o seu deus (ou religião) é verdadeiro!

A preocupação de tocar no assunto religião, é bem maior por parte dos teístas. Experimente contar quantas horas de televisão, por exemplo, se gasta no Brasil falando-se sobre este ou aquele Deus. São programas que não acabam mais: da IURD, da Renascer, da Assembléia, e mais algumas! E quantas horas gasta-se falando sobre ateísmo na TV? Ou sobre agnosticismo? Ceticismo?

Fora pessoas te parando na rua para falar de Jesus ou de um outro de deus. E quantos vão na sua casa para falar sobre o ateísmo?

Muitos ateus nem dizem que são ateus, fingem concordar com as pregações dos teístas para acabar logo o assunto "chato". E para este outro tipo de ateu, é realmente chato provar que Deus ou Papai Noel não existem se a pessoa quer acreditar em um dos dois!

Já eu tento procurar raízes e semelhanças entre os mitos, enquanto me divirto ;o)

Unknown disse...

Não é fácil ser ateu num país cristão.
Parece até doença contagiosa....
Como se você não tivesse moral.
Como se você fosse uma pessoa não-confiável.

Como diria Nelson Rodrigues: "Toda unanimidade é burra".

Dizer que é ateu em certos lugares é como dizer que é normal num hospício. VC é o estranho no meio do ninho e precisa admitir que também é louco....

Anônimo disse...

Dt 29:29 !

Leandro disse...

Anônimo disse...
Dt 29:29 !



Você deve ter se referido a isto:

"As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei".Dt 29:29

Eu já pensei assim. Já concordei com isto.

E sempre eu tinha uma desculpa ou duas para o fato de que as coisas encobertas pareciam mostrar que as alegações cristãs ou judaicas sobre Deus eram falsas!


Abraços

Giu disse...

Razão sem fé é cega e fé sem razão é heresia pois precisamos de fé para não desistir de provar a razão,mesmo se Deus for apenas a imaginação dos homens ele nos "ajuda" a acreditar e a não desistir,mesmo quando tudo está contra nós.
O problema é que os homens espertos pegam a fé e a transformam em obrigação,escondem a razão em meras palavras e semeam algo do tipo: Se você não fizer isso Deus irá te punir.
E então as pessoas acreditam e se sentem obrigadas a obedecer com medo da punição de um Deus severo e ruim(algo,caso provem sua existencia,ele não é). O certo seria a fé e a razão trabalharem como aliadas,e em equilibrio,se fosse assim,o conhecimento chegaria mais rápido a nós.

Rui Gouveia disse...

1. «A Religião parece prosperar melhor quanto mais mistérios houver. Quanto menos conhecimento sobre as reais causas dos fenômenos houver. Daí alguns vão preferir atribuir as causas à seres invisíveis e indetectáveis»
Bem, uma coisa é certa: a produção de conhecimento científico atual – diga-se, como nunca antes houve na história da humanidade – não eliminou o mistério da vida. Pelo contrário, há cada vez mais mistérios para desvendar. Se assim não fosse, não se entenderia porque surgem tantas outras novas disciplinas científicas. E ainda assim, não se vê muitos, como dizia, a «preferir atribuir as causas à seres invisíveis e indetectáveis».

2. «Será que os grandes cientistas do passado e que não eram ateus seriam ateus se vivessem hoje? Se tivessem acesso ao que a Humanidade descobriu nas últimas décadas ou séculos?»
Julgo que a resposta está na forma como olhavam a vida. E por isso mesmo, creio que os mesmos não ateus de então ao terem acesso a todo o conhecimento que hoje temos olhariam para a realidade da mesma maneira.
O método científico não é de todo um método fechado e que condiciona. De facto, pelo contrário, o verdadeiro método científico é aquele que não se fecha a nenhuma hipótese não provada. Neste âmbito, a própria fé é algo que não pode ser provada porque não tem “substancia”, porém, é um facto na vida de muitos, inclusive, hoje, na vida de 7% dos cientistas.
Mais, a verdadeira fé é aquela que não castra a razão, pelo contrário, deleita-se com as verdades que a razão é capaz de atingir, porque dá razões à fé da sua existência. No fundo, o laboratório onde a fé se prova e faz sentido é na razão.
Neste sentido, todos os cientistas crentes ao longo da história tiveram esta grandeza e intuição fora de série: a de entender os distintos âmbitos, intercomunicáveis e complementares, da fé e da razão.
PRGouveia

Leandro disse...

Olá Rui Golveia, bem vindo.

Você disse que: há cada vez mais mistérios para desvendar.



Ao contrário. Muitos mistérios, nos quais os religiosos prematuramente apontavam algum ente espiritual como causador, foram desfeitos. Descobriu-se a verdadeira causa. Por exemplo, a epilepsia que antes era considerada pelos religiosos como algo de origem espiritual como possessão e assim por diante, foi mostrado ter origem neurológica apenas. Origem material, "da carne".

Muitas outras perguntas que os religiosos sequer faziam, surgiram e já foram respondidas sem o uso do espiritualismo. Por exemplo, do que é feito os prótons? Os religiosos sequer sabiam que existiam prótons! Como esperar que suas religiões possam explicar os constituintes dos prótons?

Não apenas na Física, como na Química, Biologia, etc, Medicina, etc, até mesmo em Economia encontrará inúmeros exemplos. É evidente que surgiram perguntas que ainda não tem respostas. Mas as idéias dos religiosos estão mais longe de explicar. As religiões não passam de conhecimento primitivo formado de banalidades recheiadas de superstições.

Leandro disse...

Olá Rui Golveia, .

Você disse que: No fundo, o laboratório onde a fé se prova e faz sentido é na razão.

Muitos teólogos e ainda filósofos tem defendido que o "conhecimento" adquirido pela fé não é ou não pode ser demonstrada (em um laboratório, por exemplo).Até eles tem concluído assim.

Quando ouço falar de fé me lembro de religiosos mais fanáticos. Mesmo sem evidências e ainda tendo visto evidências contra, um religioso fanático não muda de opinião. E a prática parece que tem demonstrado que um religioso flexível não será religioso por muito tempo.


As religiões surgiram há milhares de anos. E até hoje não foram demonstradas e se suportam apenas na fé. Os cientistas tem ido ao laboratório e nada tem encontrado, muito pelo contrário, o que o religioso afirma fracassa no laboratório.

A fé se opõe à razão pela definição. Não é uma idéia honesta ou útil querer mudar as definições para que a fé se torne nebulosa o bastante para que possa entrar na definição da razão.



Até e grato pelos comentários.

Warlei disse...

Olá!

Cheguei ao seu blog quando procurava por informações sobre o percentual de cientistas crédulos. Obtive a informação necessária neste artigo e tomei emprestado um trechinho da informação especialmente a tabela da Nature para rebater a alegação de um colega em outra lista.

Tenho um espaço onde trato de assuntos diversos e sou colaborador em outro de temática similar a sua. Naturalmente não tive ainda tempo para ler seus outros artigos, coisa que pretendo fazer em breve. De imediato vou adicionar seu blog em minha lista de recomendações. Parabéns pela iniciativa, quanto mais luz melhor.

Abraço!

Leandro disse...

Olá Warlei Alves!

Bem vindo.

Um dos objetivos do blog é tentar acabar com alguns dos mitos que existem favoráveis aos teísmos, bem como tentar acabar com os mitos contra o ateísmo.

Se os canais de divulgação conseguirem isso já terá sido um grande avanço contra o preconceito que há contra os ateus.

Abraço!