exorável e inexorável

Segundo o dicionário Aurélio:

Exorável [Do latim exorabile.] Que cede às súplicas; que se apieda, se compadece; compassivo.

Inexorável [Do latim inexorabile.] 1. Que não se move a rogos; não exorável; implacável, inabalável. 2. Austero, reto, rígido.


Teve-se que definir o conceito inexorável por um motivo bem simples: a existência de eventos para os quais as preces não têm qualquer efeito. Ou seja, aonde o Efeito Placebo não atue. Placebo é uma forma farmacêutica sem atividade, cujo aspecto é idêntico ao de outra farmacologicamente ativa. É uma substância inerte, sem propriedades farmacológicas.

Toda medicação administrada, além do seu efeito real ou farmacológico, tem também um efeito placebo. Os dois são difíceis de serem separados. Ou seja, é difícil, mas não impossível, separar o efeito do medicamento e o psicológico responsável pela cura.

Quando um novo medicamento é testado, o efeito placebo é levado em conta na elaboração dos testes, pelo menos pela Medicina tradicional. Diferentemente do que é geralmente feito com as medicinas alternativas.

Um teste é o chamado “duplo-cego”. Nele dois grupos de pessoas são formados, o grupo experimental e o grupo de controle. Ao grupo experimental se administra o medicamento cuja eficiência está sendo testada. E ao grupo de controle, o placebo.

O teste chama-se de duplo-cego pois nem pesquisadores e aplicadores e nem pacientes saberão, no início do teste, quais pessoas receberam ou não o medicamento. Cada substância e placebo é identificada por números, cujos registros são arquivados para serem abertos apenas quando o teste for completado. Isto evitará quaisquer distorções de observação ou mensuração, por exemplo, um desejo inconsciente do aplicador de que o medicamento funcione ou não.

O efeito placebo já foi comprovado nos mais diversos casos: artrite, enxaquecas, dores em geral, tosse, gripe, problemas cardiovasculares, asma, tensão pré-menstrual, câncer, síndrome de cansaço crônico, intestino irritável, esclerose múltipla, alergias, verrugas, depressão, ansiedade, estresse, impotência sexual, mal de Parkinson, etc.

Os placebos, por serem inertes, não devem produzir efeitos colaterais.



Para o tipo de pessoa que busca em uma teoria, idéia, explicações abrangentes, acabará por descartar as religiões ou se convencer de que elas só tem alcance psicossomático. E este fato de que as religiões fracassem quando testadas pode ter levado a maioria dos cientistas se tornado ateu e uma parte significativa de agnósticos.

Para resumir: psicossomáticos são exoráveis. Os não-psicossomáticos são inexoráveis.

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